Guia prático da linguagem neutra para tornar seus atendimentos inclusivo

Quando acolhemos e acertamos o pronome das pessoas, demonstramos respeito, afeto e reconhecimento. E vocês já sabem que esse é o propósito da Tribu, né?

Por isso, se familiarizar com o uso da linguagem neutra é tão importante: para contribuirmos com a legitimação das identidades de gênero não-binárias. Continue a leitura e confira um guia prático para tornar seus atendimentos mais inclusivos!

Quando usar a linguagem neutra?

  • Quando você fala com um grupo de pessoas;
  • Quando você sabe que a pessoa usa esse pronome para designar a si mesmo.

Quando NÃO usar a linguagem neutra?

  • Não use neutro para pessoas trans que utilizam pronomes ELA/DELA ou ELE/DELE.

Atente-se: nem toda pessoa trans não-binarie usa pronome neutro. Para nunca errar, sempre pergunte o pronome da pessoa e respeite!

Como funciona?

Sistema “ELU”

ELA/ELE → ELU

ELAS/ELES → ELUS

DELA/DELE → DELU

DELAS/DELES → DELUS

NELA/NELE → NELU

NELAS/NELES → NELUS

AQUELA/AQUELE → AQUELU

AQUELAS/AQUELES → AQUELUS

Outros pronomes: SUE / TUE / NOSSE / MINHE

Palavras com flexão de gênero terminadas em A ou O são substituídas por E, por exemplo:

MENINO → MENINE

BONITA → BONITE

Palavras com flexão de gênero terminadas em ÃO são substituídas por ANE ou ONE, por exemplo:

VILÃO → VILANE

IRMÃO → IRMANE

Terminação com GO ou GA são substituídas por GUE para evitar o som de “JE”.

AMIGO → AMIGUE

A linguagem neutra é nova, portanto, as regras não são muito fixas e é um sistema anti-normativo. O objetivo é construir relações mais empáticas, inclusivas e acolhedoras. Além de trazer dignidade e respeito a pessoas não-bináries no dia a dia e ambientes sociais.

Ao engajarmos no uso do pronome neutro, também legitimamos corpos que não se adequam aos padrões, corpos que não são vistos pela sociedade como “verdadeiros”. Afinal, existir na linguagem é ter a sua subjetividade reconhecida!