Recentemente, o Peru declarou estado de emergência devido a um surto da Síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica rara, mas grave. Como profissionais de saúde, é essencial estarmos cientes dos principais aspectos desta condição, especialmente considerando os riscos potenciais de um surto em outras regiões.
A Síndrome de Guillain-Barré é um transtorno autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente parte do sistema nervoso periférico – especificamente os nervos fora do cérebro e da medula espinhal. Esta condição é geralmente precedida por uma infecção viral ou bacteriana, como a infecção gastrointestinal por Campylobacter jejuni ou infecções respiratórias superiores.
Quais são os principais sintomas da Síndrome de Guillain-Barré?
Os principais sintomas da Síndrome de Guillain-Barré incluem:
- Fraqueza progressiva simétrica, geralmente começando nas pernas e ascendendo para os braços e face.
- Perda de reflexos profundos.
- Dor muscular, muitas vezes descrita como uma dor profunda e do tipo “cólica”.
- Pode haver envolvimento dos nervos cranianos, levando a sintomas como visão dupla, dificuldade para engolir e dificuldade para mover os olhos.
- Nos casos graves, a fraqueza pode progredir para paralisia, incluindo a paralisia dos músculos que controlam a respiração.
Como realizar o tratamento?
O tratamento da Síndrome de Guillain-Barré é, principalmente, de suporte. Isso inclui terapia intensiva para monitorar e apoiar funções corporais vitais, como a respiração, e tratamento para reduzir a severidade da doença e acelerar a recuperação, geralmente por meio de imunoglobulinas intravenosas ou plasmaférese.
Como profissionais de saúde, é fundamental estarmos familiarizados com a Síndrome de Guillain-Barré e estarmos atentos aos seus sinais e sintomas, especialmente em tempos de surto. O diagnóstico precoce e o manejo adequado são cruciais para minimizar as complicações potencialmente graves desta condição e para melhorar o prognóstico a longo prazo para os pacientes.